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domingo, 22 de maio de 2011

DICAS DE COMO PESQUISAR CONFIAVELMENTE NA INTERNET - Uma reescrita de “O MAPA DA PESQUISA CONFIÁVEL NA INTERNET”

Jorge Luiz Malkomes Muniz
Reescrita destinada aos meus alunos-professores e demais leitores interessados em tecnologia e/ou educação. É preciso tomar alguns cuidados importantes quando o assunto é INFORMAÇÃO. Nas minhas aulas sempre que posso afirmo:
_ “Informação, temos em vários lugares. Importante é como transformarmos INFORMAÇÃO EM CONHECIMENTO.”
Quando o assunto é INFORMAÇÃO CONFIÁVEL, é preciso que saibamos tomar alguns cuidados para uma pesquisa em todo o ciberespaço . Com base na reportagem em NOVA ESCOLA (www.novaescola.com.br) segue algumas dicas, algumas pistas:
a) No texto do site que você esta lendo o autor está identificado? Se estiver, é sinal de que ele se responsabiliza pelo que escreveu. Lembre-se que notoriedade não garante veracidade. Já li muitos textos na internet “assinados” por Carlos Eduardo Novaes, Pedro Bial e outros, que não foram escritos por eles. Verifique se quem esta assinando o texto é um especialista no tema. Se o assunto for Educação não custa uma busca na Plataforma Lattes (lattes.cnpq.br)- alias, onde todos nós professores devemos ter nosso currículo inserido.
b) Verifique o cuidado no uso da língua. “Um site que não respeita as regras básicas do idioma demonstra desleixo com a apresentação dos dados”, diz Luciana aria Allan, diretora-técnica de o Instituto Crescer, em São Paulo. Textos científicos só podem ser escritos utilizando a língua culta.
c) “Confira também as provas de veracidade da informação, que demonstram a autenticidade do que se diz: há relatos e testemunhos? Os entrevistados têm nome e sobrenome ou estão escondidos sob expressões como “especialistas afirmam”?”.
d) Atentem para a data da publicação. Mesmo sendo acontecimentos históricos estão sujeitos a revisões e novas descobertas, tal qual a utilização de livros com edição antiga isto pode invalidar explicações antigas.
e) Cuidado para distinguir informação de opinião. Na prática fica difícil, pois a linha que separa uma coisa da outra, na maioria dos textos, não existe. Evitem textos fortemente adjetivados. “Opiniões devem estar baseadas em argumentos e evidências.” E ainda: Tente perceber os interesses do autor. Quando ele se posiciona observe se ele distancia-se das fontes de referência com expressões “segundo” e “de acordo com”, "abre espaço para opiniões contrárias, contestações e dúvidas sobre as conclusões?” em matéria científica não totalmente desvendada, em debates polêmicos e textos interessantes, isso é importante, essencial.
f) Não firme sua pesquisa no primeiro resultado apresentado pelo Google. “O primeiro nem sempre é o melhor”. A lista ranqueada pelo Google se baseia em uma “fórmula com dezenas de variáveis, como o número de acessos e a quantidade de links apontados para a página.” Não tem como prioridade a confiabilidade.
g) Sofistique sua pesquisa clicando em “pesquisa avançada” na página inicial do Google. Você vai encontrar “opções de busca com todas as palavras digitadas, apenas no idioma escolhido, por tipo de arquivo (.doc, .pdf) e assim por diante. Mas não precisa tanto se você digitar as palavras buscadas ENTRE ASPAS – “a pesquisa só trará paginas em que elas apareçam juntas.”
h) “Outra estratégia é filtrar os resultados pelos sites que você sabe são confiáveis.” Basta “digitar a expressão entre aspas e, em seguida, o nome do site. Por exemplo, a busca “Jean Piaget” ”nova escola” retorna principalmente reportagens da revista sobre o pesquisador suíço”.
i) Olho vivo com a Wikipédia. Ela é útil, mas é importante saber como utilizá-la, pois “são os próprios internautas que alimentam seu conteúdo” sem uma conferência, uma análise por parte do site. Pode haver informações erradas. Contudo os administradores do site tomaram algumas providências no sentido de melhorar a confiabilidade. Foi desenvolvido “uma política de verificabilidade, cujo preceito principal é que os verbetes devem conter as referências de onde a informação foi tirada – revistas, jornais, periódicos científicos etc. Quando os artigos não possuem essas citações indicadas no fim da página como “notas e referências”, internautas” – aqueles que escrevem para a enciclopédia – podem “sinalizá-los com uma marcação antes do texto: “Esta página ou seção não cita nenhuma fonte ou referência”.” Você, pesquisador, “olho aberto para artigos com esse e outros símbolos, como “artigo controverso” (para textos excessivamente parciais) e “artigo ou seção que podem conter informações desatualizadas”.” Dica: “Para saber como determinado verbete chegou à sua forma atual, clique em “ver histórico”, na parte superior da tela, onde estão todas as mudanças feitas no texto”.
j) Recorra a bases e fontes conhecidas. Cuidado para o uso do popular Yahoo Respostas, pois os textos dos internautas não passam por nenhuma conferência. Uma dica importante é recorrer ao “Google Acadêmico (scholar.gogle.com.br), que busca resultados apenas em livros e periódicos universitário, ao Scielo (scielo.br) e ao portal de periódicos da Caps (peri’dicos.capes.gov.br), bibliotecas virtuais com artigos, livros, enciclopédia e obras de referência”. Dica: “Para os alunos, vale indicar a respeitável Enciclopédia Britânnica (escola.britannica.com.br)” e sem dúvida, quando o assunto da busca é EDUCAÇÃO, o site www.novaescola.org.br ou www.novaescola.com.br é excelente, um grande aliado dos professores e alunos.

Finalmente, como se trata de buscar informações confiáveis, não podemos ficar desatentos ao aspecto segurança na internet. É como se fôssemos fazer uma transação financeira; todo cuidado deve ser tomado.

A título de curiosidade, “o Google, líder no ranking de sites de busca é o preferido por 92% dos usuários brasileiros. O segundo é a Wikipédia, enciclopédia colaborativa que atingiu, em fevereiro deste ano, a impressionante marca de 17 milhões de verbetes (680 mil deles em português)”.

Para saber mais sobre o tema consulte: Luciana Maria Allan, Luciana@institutocrescer.org.br
Lúcio França Telles, luciotelles@unb.br
Bibliografia:
Discurso das Mídias, Patrick Charaudeau, 288 págs., Ed.Contexto, tel.(o11) 3832-5838, R$ 49,90.
Manual da Redação, Folha de S.Paulo, 392 págs., Ed. Publifolha, tel. 0800-14-0090, R$ 42,90.

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